Apresentação |
Desenvolver uma pronúncia inteligível em uma língua adicional tende a ser
um dos grandes desafios enfrentados por aprendizes de um novo idioma, sobretudo no
início do aprendizado. Dessa maneira, uma das causas dessa dificuldade com o
componente sonoro são as distinções e contrastes entre os sistemas fonológicos da
língua materna (L1) do aprendiz e da língua-alvo, a L2 (Odlin, 1989). Dito isso, ao
desenvolver o componente sonoro do inglês, aprendizes brasileiros podem possuir
dificuldades com a percepção e produção distintiva de alguns segmentos vocálicos,
como os pares /ɪ/ e /i/, como em live e leave; /ɛ/ e /æ/, como em bed e bad; /ʊ/ e /u/,
como em look e Luke. Além disso, os segmentos consonantais do inglês, como / ð, θ/,
como em bath e that; /ŋ/, como em sing; /ɹ/, como em red e /ɫ/, como em ball também
são sons desafiadores para brasileiros (Alves et al., 2020, Cristófaro-Silva, 2015,
Marschepe, 1970). O objetivo desta oficina virtual é auxiliar aprendizes brasileiros a
aprimorarem a percepção e pronúncia de pares de vogais e consoantes do inglês que
não existem no inventário fonológico do português brasileiro. O público-alvo dessa
oficina é aprendizes brasileiros com diferentes níveis de proficiência. Os conteúdos a
serem desenvolvidos serão os segmentos vocálicos e consonantais mais desafiadores
para aprendizes brasileiros, e como produzi-los de forma mais eficiente em diferentes
posições silábicas, além de aprimorar, também, a percepção desses sons. O referencial
bibliográfico utilizado para a elaboração dessa oficina tem como base livros que
abordam exclusivamente as dificuldades apresentadas por aprendizes brasileiros com
a pronúncia na língua inglesa, como os trabalhos de Alves et al. (2020), Cristófaro-Silva
(2015), Godow; Gontow; Marcelino (2006), Mascherpe (1970) e Zimmer; Silveira; Alves
(2009). Os recursos a serem utilizados serão apresentação em PowerPoint, além de
uma atividade de percepção disponibilizada em um formulário online no Google Forms,
bem como um momento de prática com auxílio da instrução explícita. Ao final da oficina,
espera-se que o aprendiz desenvolva um conhecimento pautado na fonética e fonologia
para o aprimoramento da sua percepção e pronúncia em L2, garantindo, assim, uma
comunicação mais efetiva no idioma. |